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Quarta-feira, 8 de Fevereiro de 2012
Solidariedade Precisa-se (em tempos de Crise)

Bem sei que está difícil para todos. Os tempos são de crise, e nem sempre podemos pensar em tudo o que queremos, mas muitos de nós temos a felicidade de ter em casa muitas coisas de que não precisamos, e que fazem muita falta a quem, por alguma circunstância da vida, neste momento, não as pode adquirir.

Todas as coisas que achamos tralhas e monos servem muito bem a alguém. Roupas, sapatos, frutas do quintal ou terreno que caiem de podre, comida enlatada e do género, papas, sopas farinhas e pré preparados para alimentação de bebés que por vezes os nossos bebés acabam por não consumir), brinquedos, banheiras de bebé, carrinhos de passeio, alcofas, espreguiçadeiras, balouços, ovo (cadeirinha de carro), tetinas, chupetas, bicicletas, triciclos, móveis, utensílios de cozinha, secretárias cadeiras, electrodomésticos, lenha, acessórios para automóveis, mantas, agasalhos, relógios, malas de viagem, carteiras de senhora, telemóveis velhos, computadores velhos... Enfim... Todos os nossos "empecilhos", que além de encherem a casa amontoam e acumulam, podem ser dados a quem precise; até aquela colcha da tia velha ou da ex sogra... Ou a prenda da ex nora ou do ex genro... Ok, estava apenas a fazer um pouco de humor com esta das prendas reutilizáveis nem que seja para caridade... Mas a verdade é que o são!

De onde me veio esta ideia? De ter recebido recentemente pedidos de solidariedade via email, e que muito me sensibilizaram. Desde mães e pais solteiros, desempregados, a famílias quase sem rendimentos, idosos sem agasalhos ou aquecedores, pessoas carenciadas a nível de alimentos (de todas as idades)... E regra geral as pessoas até se juntam e tentam conseguir alguma coisa.

Deixo-vos aqui algumas das situações que mais triste me deixaram e não pudemos até agora ajudar: 

 

1) "O meu nome é D****, tenho 34 anos, tenho um bebé de 2 anos e o meu esquentador avariou-se. Sou mãe solteira e como neste momento só  consegui trabalho em part time (empresa em que trabalhava fechou),  não consigo comprar outro. Tenho que tomar banho de água fria, bem como o meu filho. Por favor, alguém que tenha um esquentador parado e não use, eu vou buscar, dentro da grande Lisboa." 

Esta é uma das situações que ainda não conseguimos ajudar e muito me deixa triste, já que há um bebé envolvido. Se alguém poder e quiser, tenho autorização da própria para dar o contacto, basta deixarem o vosso email nos comentários ou enviarem email para mim.

 

2) "Somos um jovem casal que tem um filho e aguarda gémeos, que dizem não serem planeados mas muito amados, desde já! Estamos ambos a trabalhar, mas como ganhamos praticamente o ordenado mínimo, os dois, estamos em dificuldades para comprar um carrinho para gémeos. Se alguém tiver um carrinho que não use ficamos agradecidos. Também nos fazia jeito um ovo para carro, uma cadeira de papa e uma espreguiçadeira ou alguma coisa do género, já que para um temos." 

Mais uma vez, tenho autorização para vos dar o contacto caso possam e queiram ajudar.

 

3) Pessoa idosa, vizinha de quem fez circular o email, com 85 anos, sem possibilidades de comprar aquecedor ou mantas e agasalhos. Quem tiver e possa dispensar. A senhora não pode ir buscar e vive sozinha na zona dos Olivais, em Lisboa. 

Neste momento posso dar a boa notícia que já lhe ofereceram 2 aquecedores, mantas e até um kispo comprido até aos pés :) E foram entregar tudo em mão :) Ainda há gente muito boa :) Obrigada (esta sei quem foram os "contribuintes").

 

Para quem não gosta desta opção de dar de imediato, peço o favor que façam o mesmo que já fiz, que se increvam no site DOU e que, por favor, disponibilizem aquilo de que já não precisam podendo escolher a quem querem dar. 

 

Acredito que mais bloggers tenham  recebido o mesmo tipo de apelos, por isso peço também que divulguem o site DOU e que, caso entendam, façam o mesmo às situações que vos são colocadas.

  

Se ainda têm dúvidas acerca de dar, da "necessidade" ou não, deixo-vos as seguintes palavras, e recomendo vivamente o livro que está no link desta frase, sobretudo as páginas 13, 14 e 15 acerca "Da Dádiva" (pensando bem, recomendo o livro inteirinho):

"Dizeis: darei só aos que precisam. Mas os vossos pomares não dizem assim; dão para continuar a viver, pois reter é perecer."

Khalil Gibran 

 

Assim, o mundo será mais justo, e haverá que chegue e sobre para todos :) Por favor dê, mas somente aquilo que lhe sobra!

música: Silence 4 - To Give
sinto-me: A olhar para 1 mundo melhor
publicado por Conventodaalma às 10:47
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Informação Util a Passos Coelhos

Bom, acho que por esta altura da vida já todos os portugueses sabem que tristezas não pagam dívidas, se não, tenho a certeza que não devíamos nem 0,01€ à União Europeia!

Fora isso, as mágoas também não morrem afogadas, são que nem peixes, vivem dentro de água e sabem nadar!!!! Não adiantas afogar as mágoas, que quando passa a inundação, volta tudo ao mesmo. Eu arrisco dizer que o peixe fora da água morre, já as mágoas, são anfíbias!

 

(Passos Coelho acha que os portugueses têm cara e tudo mais de peixe palhaço... O veneno acredita que não)

 

Caro Primeiro Ministro, não somos nem piegas nem lamechas, como pode ver, mas graças a muitos da sua laia, realmente, andamos de mão estendida, mas isso só passa por querer! Não somos propriamente uns "xixés" de nós mesmos... Também não temos jeitinho nenhum para carpideiras. Somos um desastre em todos esses aspectos, mas há uma coisa em que somos muito bons mesmos: a pôr as coisas nos seus devidos lugares, e quem diz coisas, diz pessoas!

Se calhar, o seu lugar não é ai a chamar-nos nomes e a falar mal de todos nós. Se há coisa que você não é, é o José Mourinho na política da Nação. Qual líder inspirado, que nos leva rumo à vitória qual quê... Você é um saquinho de frustrações e torcicolos no pescoço; o verdadeiro saco de pancada da Nação! Acredite que não é a ser arrogante dessa forma que se chega a algum lado. Se você for assim arrogante para a Merkel ou para o peúgas francês, eu até achava bem... Mas não, é ai mesmo que se vê o Passinhos Coelhinho, o tudo aceita e tudo engole... Não pode ser; será possível que até nisto está a fazer as coisas ao contrário? A arrogância, o "special one", são para os adversários, não para os nossos. O enxamear e pontapear é para o jogador da equipa oposta... Ou por acaso, você joga na outra equipa que não a de Portugal?

 

Eu por mim acabava já com isto, dava aos alemães a grande ambição deles, o domínio da confederação de Estados em que a União europeia se tornará (caso contrário extingue-se), e deixava-os brincar ao "Rei Manda" até ver, porque se olharmos para os Estados Unidos tantas hipóteses tem o senhor que vem do Arcansas como o que vem de Rhode Island, apesar de para o todo, os Estados terem pesos diferentes. Não me choca nada, já que eles vão ter que ceder o poleiro a oriundos de outros "Estados", como serão Portugal, Itália, Grécia, Alemanha, ou outro actual país qualquer!

sinto-me: À espera de + mágoas
música: Você Abusou - Gal Costa
publicado por Conventodaalma às 09:19
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Terça-feira, 31 de Janeiro de 2012
Tem uma nota de 100 Escudos? Dólares, Petroleo, Euro, Jogos de interesses... O Planeta!

Se tem então corra, vá trocar! Hoje é o último dia para o poder fazer. A menos que seja de estima e colecção, traga um moeda de 0,50€!

 

Eu sei {#emotions_dlg.confused} Visto deste prisma, retira-nos a "energia" toda! O que se fazia com um nota de 100 Escudos, não é verdade? Pois hoje em dia, com 0,50€ já não se toma nem uma bica! Não vale o gasto de ir trocar a nota pois não? A menos que se tenha um maço delas, bem valente, guardado... O que não acredito, porque a ter, qualquer um já o teria trocado!

 

Ai vida, a quanto obrigas, e no que nos transformaste! Somos hoje mais pobres do que alguma vez fomos, mas "nos entretantos" tivemos a falsa ilusão de "riqueza". É verdade, desde que temos o € tornou-se mais fácil viajar, porque também subiu o nosso poder de compra, que de momento, decresce a olhos vistos.

 

É uma pena ligar a televisão para ouvir Obama dizer que realmente a situação para os Estados Unidos é complicada, mas também não estão como Portugal! A sério?! Isso é uma coisa muito infeliz de se dizer, seja quem for o Chefe de Estado, Presidente ou seja lá o que... "Artista" (leia-se representante de um estado, ou qualquer alto dignatário de qualquer organismo ou organização) se preferirem... Que o diga.

 

Pensando bem, o Euro teria que se ter desvalorizado tremendamente face ao dólar para evitar esta situação global toda. E porquê? Porque se questionou a possibilidade de se transaccionar o barril de petróleo em Euros. Se tal viesse a acontecer, e o Dólar continuasse a cair face ao Euro, qual seria a real situação dos Estados Unidos? Ficariam na penúria, praticamente... As reservas de petróleo deles não teriam o valor que têm e a economia nacional norte americana estaria pelas ruas da amargura. E pensando bem, este raciocínio leva-me até kadafi, e porquê Kadafi, porquê agora... Bem, porque o grande crime que o senhor cometeu, além de se ter supostamente retirado para a tenda dele, entregando o poder ao povo (boa anedota), e da loucura algo evidente, misturada na excentricidade... O grande crime que ele cometeu foi criar uma moeda para os países detentores de petróleo. Saddam... Iraque... Bem... Não vou continuar, para bom entendedor, meia palavra basta.

 

Agora digam lá que os Estados Unidos não vão à luta pela sua dama? Claro que vão! Em defesa do petróleo e do seu valor em dólares!

 

Vamos ver o mundo da perspectiva do estados Unidos?

 

Aqui está! Não importa quantos morrem, pessoas, animais, líderes, nações... Não importa; desde que o petróleo continue a brotar para os americanos, e seja transaccionado em dólares... Está tudo bem, ainda que as imagens sejam iguais a esta ou mais violentas e piores. Com franqueza, tendo em conta que os animais são completos inocentes, tal como o planeta (Terra), para mim, esta imagem é de uma violência atroz e extrema. Eles não sabem porque lhes acontece, já as pessoas sabem o que causam ou podem causar, e a fragilidade a que se acabam por expor, sobretudo quando são figuras impopulares (o que não retira a razão de ser dos acontecimentos).

 

Nota: não estou a pôr em causa o tirano Kadafi, nem a dizer que a liberdade de um povo não é importante. Em nada desvalorizo o que aconteceu na Líbia, saliento apenas a quantidades de interesses que uma "causa" pode servir!

 

Vejam só onde uma inocente nota de 100 Escudos nos levou! "Maldita" mente Humana, ninguém a consegue parar quando quer raciocinar!

sinto-me: Uma formiga no Universo
música: Gilbert Bécaud - L' Important C'est La Rose
publicado por Conventodaalma às 10:18
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Quarta-feira, 19 de Outubro de 2011
Crise: espaços e silêncios

Porque tanto silêncio agora que é preiso gritar, pergunta alguém descontente ao Veneno, e o Veneno responde que nunca tanto grito foi tão pouco ouvido. Os tempos vão de mal a pior. Nunca tanta gente teve razão nas suas queixas, e nunca tão poucos tiveram razão para não se queixar.

Se me perguntarem, de facto acho que há muitas "atrocidades" a serem cometidas. Mas poderemos nós continuar neste sistema de "balões de oxigénio"? Serão os welfare state como os conhecemos viáveis e sustentáveis? Até onde pode ir esta macro economia na penúria?

Todos sabem que nos momentos de maior crise é necessário que haja investimento, que não se coloquem mais entraves ao consumo que os estrictamente necessários, que se estimule o pequeno investimento e o micro negócio (auto emprego); e o que é que se faz por tada a parte? Corta-se... Salários, pensões, apoios, subvenções... Desinveste-se... Nas vias de comunicação, nomeadamente nas vias férreas (como é o caso de Potuagal), quando ainda recentemente tivemos a prova de que quando não se pode voar, mesmo que por culpa de um vulcão islandês, é necessário que hajam outras opções, nas empresas, nos mercados, nos países... Aumentam-se impostos, criam-se taxas suplementares... E tudo isto para quê? Para alimentar o que já temos, porque pelo caminho que temos já não é sustentável. Mas será mesmo que aquilo que temos é o que queremos ou aquilo que se pode ter com o actual modelo de Estado e de governação?

Com as medidas de "austeridade", só se ajuda a "cimentar" a crise, e a "descida ao fundo do poço". A quem é que tal coisa interessa? Boa pergunta... Pelos vistos querem-nos fazer querer que é a todos nós! Eu, pessoalmente não concordo. Mas quem melhor para falar acerca disto à nação que o Professor Cavaco Silva (Economista de Cátedra)... Mas este não está na "disposição", ele é "apenas" o Presidente da República, actualmente outros foram chamados a "governar" os despojos de muitos "desgovernos", incluíndo os dele. Mais vale um sábio silêncio que um "benemérito" discurso; diz quem sabe, e eu, acredito. 

O welfare state começou com a "querida" Margaret Tatcher (a dama de ferro), baseado nos princípiosunificadores da alemanhã de Bismarck. Bonito, não é? Para traduzir isto por miúdos levaríamos horas, mas basta-nos saber que a "inplementadora/ incentivadora" e o "pensador" eram de nacionalidades diferentes e foram tudo menos contenporâneos, mas fizeram as fundações e erigiram sob os pesados alicerces do actual modelo de Estado, o que agora conhecemos como o presente. Ao nível da Segurança Social, por exemplo, a alemanhã de Bismarck deu o seu forte contributo para a herança do welfare state de Tatcher, que talvez seja o o mais importante a salientar aqui. Parece incrível mas é verdade, até porque muito do que encontramos disponível é sob o prisma militarista e político de Bisamrlk, este lado importante não é, regra geral, focado.

Não conheço muitas formas de dizer isto, mas acho que depois do falhanço generalizado do modelo de Estado que temos, que neste momento não passa de uma "máquina" em falência degenerativa lenta mas acentuada, no caso. Não podemos continuar a ter Portugal, Espanha, França... Alemanhã, Holanda, Dinamarca, Noruega; porque não é sustentável desta forma. Para ter o tipo de prtecção e beneficíos sociais a que nos habituámos, será preciso que a União Europeia se transforme numa espécie de estados Unidos, num "curto-espaço" de tempo. É claro que haverá feridas para sarar, e que iremos levar tempo a chegar ao equilíbrio que os norte americanos já chegaram, pois se bem se lembram, ainda no século passado enfrentavam a guerra ente Norte e Sul, e as baixas e quezilias reiteradas foram muitas. Existem ainda "amores desencontrados", mas muito provavelmente, as grandes questões de fundo estão sanadas e ultrapassadas, com princ+ipios básico bem estruturados e raízes bem plantadas. É claro que há coisa que nos fazem sentir uma estranha infelicidade quando pensamos nos Estados Unidos, como sejam aqueles programas que passam na televisão por cabo, em que vemos a acção dos polícias nas ruas de diversas cidades americanas, mas em boa verdade, estamos a ver a infeliz franja de marginalidade do país, e não o cidadão tipo. Claro está que num país muito maior, com muito mais cidadãos que Portugal, existam mais criminosos e delinquentes, pela força da razão dos números, porque se calhar, estatisticamente, as coisas não serão assim tão diferentes.

Pensar que nos Estados Unidos algo parecido a um sistema de saúde "universal e gratuito" é algo que só começou a nascer com Obama é arrepiante. Como é que fi possível, e ainda assim, tanta gente que se revelou contra! No país dos sonhos, na terra dos oportunidades, que não pode pagar um seguro de saúde passa mal, e mais grave, aidna que o mesmo seja pago, qualquer cidadão pode não ver o seu pedido de "tratamento" aprovado. Afinal, o investimento da companhia de seguros só é feito em pessoas que ternham mais de 70% de hipoteses de sobrevivênia, e para quem contrata os seguros, estas premissas são conhecidas à partida.

Não podemos sustentar o welfare state que temos, mas podemos verificar que em momentos de crise e complexidade economica a nível internacinal, os Estados Unidos fazem um movimento que os trás na nossa direcção. O que é que isto nos indica? Que não estams errados, garantidamente, mas que há que fazer uma melhor gestão de pessoas e verbas, e que o que temos não é para ser descartado na sua totalidade, mas sim apenas para ser usados quando faz mesmo falta e de forma racional. Claro que para quem não resta qualquer opção, há que fazer uso continuado, mas isso já tem a ver com questões de pobreza. É evidente que se eu opcupar o sistema nacional de saúde com os casos maioritariamente sérios e graves, este não será tão pesado no orçamento de Estado, nem tão deficitário. O que é que isto quer dizer na prática? Que só poderia utilizar o sistema de saúde "universal e gartuito" todos os que não possuissem meios para utilizar o sistema privado, nomeadamente no que diz respeito a consultas e enfermagem. Bastaria isto para que houvesse um "emagrecimento" tremendo das contas da saúde.

Um estado com o peso que o nosso tem, num país tão pequeno, é um absurdo! O Parlamento podia ter apenas 30% dos seus eleitos que continuaria a funcionar exactamente da mesma forma e a produzir resoluções, mas trabalhando muito mais e com muito mais qualidade. Ninguém acredita que aquela malta está ali toda a "trabalhar"; pois não? Se fossem só 30%, a coisa "piava mais fico", e quem lá está teria que trabalhar. Para que é que andamos a sustentar tanto malandro? E em boa verdade, não há razão de ser! Somos um país pequeno com 10 milhões de habitantes; acho que é gritante a quantidade de representantes políticos para a nossa dimensão, desde o poder local ao poder central. É usura!

Se continuo acabamos todos a cortar os pulsos... É uma vergonha. Basta pensar qe há quem ganhe acima do 30.000€/ mês, entre os Gestores Públicos, e ande-se por ai a pregar que há que retirar o subsídio de Natal e Férias para ajudar a equilibrar as contas. Dá para acreditar? Temos Gestores públicos mais bem pagos que Barak Obama ;) Somos finos nós, não somos?

 

 

 

 

 

 

sinto-me: Furiosa
música: Rita Lee - No Escurinho do Cinema
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publicado por Conventodaalma às 13:57
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Terça-feira, 22 de Fevereiro de 2011
O mês das greves

Fevereiro tem sido particularmente péssimo. Com tantas greves o trânsito bate recordes e não é só por um dia... Quem é que, num mês com 28 dias, no qual mais 10 dias são greve, vai comprar passe social se tiver carro? Pois... Eu também não!

Sim, os trabalhadores têm a sua razão; aliás, o trabalhador é como o cliente, tem sempre razão... Se bem que muitos destes trabalhadores (dos transportes) vêm as pessoas a quem prestam um serviço como gado, e nunca ponderam o factor razão; pelo menos a maioria deles, mas admito... Há excepções.

Cortes salariais são uma "treta", e pior isso, cortes salariais numa altura em que tudo continua a aumentar. Digamos que isto não está bom para ninguém, a menos que estejamos a falar da classe alta, porque a média-alta anda a minguar, a média passou a baixa e a baixa anda algures na fronteira do limiar do pobreza.

Tenho a certeza que este não é o "país de Abril"; o país que a Revolução dos cravos sonhou. Não pode ser. O aumento do fosso social entre pobres e ricos, o desemprego a níveis quase nunca visto, as famílias a perder condições de vida e meios de sustento... E pior que no Portugal da "aldeia da roupa branca", sem um quintal que os aguente... Dias há que muitas famílias não têm sequer um caldo verde, verdinho, a fumegar na panela! Uma infelicidade pegada. Há porta humildemente já não bate ninguém, e muito menos se senta à mesa com a gente, pois não conhecemos ninguém.

As solidariedades tradicionais perderam-se, e com isso, parecendo durante anos a fio que não, todos perdemos. Já se está a ver porquê! Um dia disse alguém com muita idade, pensa-se que algo sábio, que "um dia... Ainda havíamos de voltar todos para o campo, para aqueles pedacinhos de terreno que ninguém quer, e que andam para aí ao abandono", e aconselhava os filhos a nunca perderem de vista o que era deles, pois podiam ainda ter que cultivar, não eles, mas os descendentes, que o "regresso", como ele lhe chamava, não "estava para já" (citando)!

Não sei se será assim, mas que o campo e a terra nos dão lições de humildade é uma tremenda de uma verdade!

A sociedade vai mal, padece, definha... Arrasta-se e quase cai sobre si mesma. estonteada, desgovernada ou, pior ainda, mal governada, que desgovernada ao menos tinha-se a desculpa que ia por si, pelo próprio pé. Neste caso, vamos "nos braços" dos outros, desses que escolhemos para no "governar", se é que assim lhe podemos chamar.

Não vejo exactamente quando é que isto poderá melhorar, mas antes de 2020 não me parece, e isto se os primeiros sinais reais e firmes de retoma se sentirem lá para 2016! Somos uma espécie de "geração doomsday"... Fomos de geração rasca para isto; santa paciência!

A mim apetece-me fugir, virar as costas a isto tudo. Perder-me... Na paisagem, algures nos tons do horizonte. Não acredito que haja um pote de ouro do outro lado do arco-íris, mas há certamente uma forma de escapar mais ou menos ileso a isto!

Temos que ponderar sair da nossa "zona de conforto", não temer desafios nem novas oportunidades que nos apareçam. Há que olhar para além do "Bojador", novamente, e ver onde um dia houve "tempestade", o "Cabo da Boa Esperança", e sim... Implica passar além da dor; mas como somos uma pátria de migrantes, devemos conseguir sobreviver a mais esta "ofensiva" da vida.

Estou a confundir desabafos pessoais com escrita sã, mas não deixa de ser séria. Penso que todos precisamos de uma séria e franca vontade de nos mexer-mos, de dinamizar-mos, de sermos flexíveis, competitivos... E isto por cá vai uma inércia... Muitos sabemos que temos que regressar um dia, se formos para fora, mas isso é independente de irmos. Para já fico por cá, mas deixem-me que vos diga, muito a sério; quero ir! Preciso de ir, respirar... Aqui o ar está muito carregado, e o monóxido de carbono sufoca, dá tonturas, dormência... Uma barbaridade.

Eu não censuro os trabalhadores que não querem receber menos por fazer o mesmo, quando tudo aumenta e a qualidade de vida deles decresce, mas censuro a incapacidade de análise relativamente à situação da nação, e a "esperteza" dos mais antigos, que acham que se despedirem uns quantos, dos mais novos, é melhor que eles terem cortes salariais... Já nem falamos em aumento. Verdade seja dita, só faz greve quem pode e nem sempre querer é poder. Querem debater isso? Também me parecia; está debatido por si.

Eu censuro a frieza de achar que tirar a pão a outras famílias é melhor que ceder uma parcela salarial. Isso meu amigos, não levo à paciência.

Vamos lá a andar para a frente com isto, que para trás, dá-me a sensação que já não dá mais.

sinto-me: Miserável como este país
música: Joe Dassin - Et Si Tu N'Existais Pas
publicado por Conventodaalma às 10:50
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Segunda-feira, 3 de Janeiro de 2011
Feliz Ano Novo

 

 

 

 

Caros leitores e amigos, devido há azafama natalícia, não me foi possível passar por aqui antes, mas quero que saibam que estiveram todos presentes no meu coração.

Uma bolinha de minha árvores para cada um de vós... Podia mentir e dizer que é maior que a do Colombo, mas era farsola... Assim sendo, um "pelinho" daqueles da árvore para cada um de vós...

Aproveitando a embalagem desejo-vos desde já um Ano Novo muito melhor que este que passou, com muito mais poder de compra, aumentos, qualidade de vida, descida de impostos, travão na crise... Enfim, desejo então que nos mudemos todos para junto da Alice, ao que parece é a única que ainda continua no país das maravilhas... Vá, todos a fazer a mala que desta feita a coisa não fica aqui nada perto; a avaliar pelas mensagens do Primeiro Ministro e do Presidente da República.

Para todos os que como eu apenas ambicionam não perder mais poder de compra, este ano promete mais dores de cabeça. Não sei se serei só eu, mas desde há uns anos para cá parece que o disco riscou, e que a "lengalenga" da crise se instalou num gira discos manhoso e rouco. Já não há paciência. Soluções meus senhores, soluções! Estou-me nas tintas para a oposição enquanto ela permanecer aquilo que é; mais uma pedra no sapato de todos os portugueses, a viver à conta, refastelada e bem instalada. O mesmo para os sindicatos e outros "caldinhos e conluios".

Se a oposição existe para fazer asneira só para ser do contra, então eu não dispenso a oposição. Chamem-me Salazar; estão à vontade; isso, no mínimo, faria de mim o "melhor português de sempre"; ou não... Andam ali mais outros tantos, no Parlamento, a papaguear qualquer coisa que nem eles sabem bem o quê, para o zé povinho (leia-se todos nós) pagar, e nada de útil fazerem... Só de pensar nisto acaba-se a minha boa onda de Ano Novo!

Também é verdade que não há uma só notícia de jeito na nossa actualidade neste momento, e como tal, noticiam-se até às pregas no avental e as rugas no colarinho, se calhar é por isso mesmo que este post surgiu... Não vale a pena discutir com profissionais (uns mais que outros), os jornalistas necessitam do seu posto de trabalho e como todos bem sabemos (mesmo entre o Natal e o Ano Novo), e vale tudo nessa profissão. Não vale a pena praguejar, gastamo-nos e ganhámos joanetes, que eles lá continuam, na sua; a "fabricar" notícias até quando o país quase parou.

 

Vamos lá a esgravatar este 2011...  Da minha parte prometo muito veneno!

 

Bem hajam e tudo de bom neste ano que agora começa para vós! E já agora, senhores Governantes, se me permitem, nenhum ano será realmente novo se continuarmos a cometer os mesmos erros do ano velho (passado). Pensem sobre isto, se fizerem o favor.

sinto-me: Ai vida... 2011!
música: Concerto de Ano Novo
publicado por Conventodaalma às 13:48
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Quarta-feira, 7 de Julho de 2010
Tenho medo...

 

Fala-se por ai à boca cheia de um "plano de salvamento" para o país, por causa do desemprego, dos níveis de endividamento, da própria crise e de tudo o que podemos viver no nosso dia-a-dia; mas certo é, porém, que o estas palavras deixam o Veneno "tremeliques" de medo... A última vez que neste país se ouviu falar de uma coisa parecida, a "Junta de Salvação nacional", já todos sabemos no que degenerou...

Não sei se não está mesmo na hora de emigrar-mos de vez daqui para fora. Por mim, deixo um post it no aeroporto a informar o último "rato"a abandonar o barco que deve "apagar a luz e fechar a porta"!

O sentido da evolução não só da espécie mas muito mais do que isso, neste caso, da nação! Estamos mesmo a caminho de chafurdar na lama da nossa "própria pocilga"!

sinto-me: Desânimo
música: The Pogues and kirsty macColl - Fairytale of New York City
publicado por Conventodaalma às 11:48
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Terça-feira, 1 de Junho de 2010
Já sei como vamos sair da crise...

 

Chamamos o José Mourinho para treinar a nação em vez da selecção... Quando ele tiver tempo e sair do Real Madrid!

 

Para grandes males... Grandes remédios...

 

LOL

música: Fado Lisboa à Noite
sinto-me: Silly
publicado por Conventodaalma às 11:02
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Segunda-feira, 26 de Abril de 2010
A Grécia: um exemplo a não seguir até na falta de humildade

 

Não somos garantidamente a nova Grécia, não nos arrastámos no lodo da bolha imobiliária americana, e mais... Não admito que os gregos nos apontem o dedo e digam que "somos nós a seguir"! Só por esta atitude e por acharem que somos efectivamente obrigados a ajudá-los, não me apetece que lhes demos ajuda nenhuma. Porque não vão agora ter com os amiguinhos americanos? Não vou dizer que vendam ilha... Isso é derrotista para uma nação! Mas digo-lhes claramente que o que investem a pedir que vos "paguem" para errar, pode ser investido a "remendar" erros, e com isto digo-lhes muita coisa mesmo. Digo-lhe que se o Reino Unido podia estar em Guerra a deitar libras à morte,também as podia investir a fazer estradas, pontes, tratados, escolas... Ponham os olhos no velho e interessante exemplo europeu.

Os alemães que se supõe, irão entrar com a maior fatia do bolo, devem ponderar se o querem fazer. A Grécia não assume a atitude humilde que lhe compete, e como tal, mesmo arrogantes e de orgulho ferido, devem enfrentar as faltas que demonstram por si, porque até lá não as saberão emendar. Penso que precisam aprender uma lição, que começa na humildade e não ni levantar o dedo indicador em riste ao país do outro lado da União Europeia, que tanto ao que sei, ainda lhes faz o especial favor de ir para lá fazer turismo, com a sua falta de dinheiro. Por mim, a Grécia é uma destino a riscar... Só uma pátria de gente comezinha e mesquinha se preocupa mais em apontar dedos e querer assustar do que em sair do "poço sem fundo" em que se enfiou sozinha, sem a ajuda de quem querem apontar.

Não lhes admito! Gregos de um raio... Não lhes tenho respeito algum... Maldade da vida terem sido o berço do classicismo, da Grécia antiga... Coisa que se desfez, pois então... Com gente desta, um dia, não sobrará nem uma nação; a não ser que os salvem; e eu, meus caros não estou nessa disposição. Ninguém me aponta o dedo a pedir socorro; quando muito entendem-me a mão... E o meu país como país de bem que é, vendo a mão estendia, estende a sua, em auxilio, nunca condenando, nunca olhando de alto abaixo, simplesmente respeitando e reerguendo.

Que foi feito daquela civilização elevada? Ecléctica? O que aconteceu ao modelo de democracia ateniense, onde as pessoas se respeitavam e os dedos não se apontavam para pedir ajuda ou clemência? Até aprenderem a ser humildes e a estenderem a mão... Não quero nem ouvir falar dos problemas desta gente que aparentemente prefere a ofensa ao arrependimento e à boa intenção.

Contem agora com os americanos, ele mascaram números na perfeição... Só acho é que não cunham moeda falsa para resolver o vosso problema.. Ainda assim mantém-se uma próspera nação... Batam-lhes à porta se fizerem o favor, que eu por cá, não quero ter nada de nada a ver com isso! O caso com estes contornos, tornou-se numa aberração.

 

Não somos adeptos dos "regimes de clientela" da democracia ateniense, sobretudo quando os "clientes" que precisam da nossa boa fé para viver são insurrectos, mal criados pouco humildes, arrogantes e nada gratos.

 

Era muito diferente a cidade-estado que me ensinaram na escola... Para onde foi o rasto desta gente civilizada e superior?

sinto-me: Em busca da cidade-estado...
música: O som de uma lira
publicado por Conventodaalma às 11:33
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E foi 25 de Abril...

 

Assim sendo, celebrou-se a Democracia que temos,e a Revolução que outros (entenda-se os militares) fizeram...

Sou incapaz de verbalizar a quantidade de coisas que me apetecia, porque o tempo "da outra senhora" também não era uma opção. Qualquer das formas, vamos colocar as coisas da seguinte forma: no tempo da outra senhora, quando se escrevia baixinho, toda a gente ouvia, entendia, e uns quantos censuravam e torturavam, mas ecoava! Hoje em dia, por mais alto que se grite... Ninguém ouve e ninguém quer saber.

Podemos falar no direito à Greve! Essa "facilidade" do pós 25 de Abril a que nos dias de hoje muita gente recorre, e sem a qual não saberiam viver... Imagine-se a revolta de quem infelizmente ficou desempregado e tem de ver tanta gente que trabalha, e ganha o seu ao fim do mês, em protesto! Pois, eu bem sei que as pessoas devem poder reivindicar melhores condições e trabalho, aumento, tudo e mais alguma coisa, mas acho tudo isto mais "digno" em tempo de "vacas gordas"; não na actual conjuntura. Eu não teria a coragem!

Pior mesmo é que com isto tudo o transito e as deslocações em transportes para o trabalho acabam por ser uma demora pegada, atrasando todos os que, como eu, querem chegar a tempo e horas ao seu local de prestação de serviços. Fico sempre indignada. Mas porque raio é que o direito à greve e à "manif" dos outros, tem que interferir como o meu direito a chegar a horas ao emprego? Ha! Já sei, porque a sociedade é esta grande bola de neve que nos enrola a todos, e que certos dias parece mais uma tempestade de areia, pronta a dar-nos uma tareia.

Já pedi mil vezes para fazerem estes protestos de modo a afectar o mínimo possível a esfera pessoal de cada um dos outros, porque caso esta malta se esteja a esquecer, o universo inteiro, à excepção deles mesmos, é  composto por? Adivinhem... Os OUTROS! Mas os pedidos caem sempre em saco roto.

Eu entendo que lutar por melhores condições de vida seja tão importante para todos os outros quando o é para mim, e melhores salários é condição si ne qua non deste objectivo, mas há que ter discernimento. Não podemos deixar-nos levar pelo nosso "mal menor", afinal estamos felizmente empregados, o que é um luxo nos dias que correm; e estamos no caminho de melhorar garantidamente alguma coisa, ainda que não seja já. Depois há que ver que muitos de nós nem dependemos do infortúnio dos recibos verdes, o que dá outra cor, muito mais feliz, à vida... E sendo certo, permitindo fazer face às despesas, ainda que isso exija alguma compleição atlética e muita ginástica, é o bastante, no dia a dia que muitas vezes nos ultrapassa.

Não pensem que não entendo. Quem não quer o melhor para si e para os outros? Eu desejo-vos tudo de melhor caros leitores e amigos, acreditem... É Humano, querer mais e melhor, ainda que não seja muito, ainda que seja degrau a degrau; mas a contenção é de facto a palavra de ordem.

Se me perguntarem o que faria eu se pudesse? Eu fazias muitas coisas mesmo... Punha termo a muitos cinismos (recibos verdes passava-os aos quadros, subterfúgios de contractos iam fora, subsídios mal explicados desapareceriam, benefícios para famílias numerosas, mas daqueles que se conseguem efectivamente ver, enfim...), colocava as coisas nos devidos lugares e realmente apontava a "arma" ao despesismo supérfluo e facilmente banível, e eu sei, que por muito estranho que isto pareça, este não está nos carros dos senhores do Governo, nem nos ordenados dos motoristas (que sempre estão empregados)... Isso não mexia nem 0.75% da riqueza nacional... Mexia muito menos do que isso. Eu sei, assusta, até porque muita gente acha que é aqui que se gastam os Euros "gordos"; mas não é.

Por todos os argumentos expostos, e sobretudo por respeito aos que menos podem, deixo-vos um pedido a todos, e que virá da consciência de cada um... Dê o que não precisa, ajude o que puder e , mais que tudo, contenção até na Greve e na Manifestação, sem querer ferir egos ou susceptibilidades. Vamos olhar à volta primeiro, e decidir acerca da nossa tomada de posição depois. A crise não feio para ficar, como a Toyota... A crise vai passar, isso posso assegurar, e vai levar tempo, tempo que eu bem sei, todos sentimos que não temos. O imediatismo "google" da nossa geração, do agora, já, como e quando quero não consegue ser transposto, em muitos casos, do universo web para a realidade, pelo menos para já. Grassará alguma insatisfação, alguma "instabilidade" e alguma turbulência; mas acima de tudo os tempos requerem responsabilidade, moderação, pacifismo, capacidade de análise, contenção e sabedoria.

Vamos ter alguma "cabeça fria" e perceber que não será assim para sempre. Não somos garantidamente a nova Grécia, mas este assunto fica para o próximo post, já acima deste.

música: Somos Livres (Uma gaivota voava voava)
sinto-me: Um fantasma irado!
publicado por Conventodaalma às 11:11
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