O ícone entrou em palco pontualmente às 21:40H, até lá ouviu-se alguma música, mas nada de mais. Bob Dylan, o grande poeta vivo, com uma voz irreconhecível, num tom demasiado baixo e demasiado rouco que só melhorou pontualmente durante uns segundos, quando o tom subiu, cantou na sua maioria temas desconhecidos. Não tendo procurado qualquer interacção com o público, simulou um encore, e fez o especial favor de voltar ao palco para mais dois temas, tendo tocado a única música emblemática da noite para encerrar o concerto.
A estranheza era tal, que muitos, não sendo grandes conhecedores da música de Bob Dylan, teimavam que o que soava não era o mítico tema "Like a Rolling Stone", mas era... Acabaram por ceder ao coro de vozes que fez o seu melhor para acompanhar o que ouvia, mas o ouvido mal reconhecia Dylan e a sua voz.
A sonoridade musical, muito jazz com muito country foi uma constante, mas já que era assim, e Dylan deve com certeza ouvir-se a ele próprio, podia ter tocado o Mr. Tambourine Man ou o Blow' in the Wind, sempre parecia que o bilhete teria valido um pouco mais o dinheiro!
Claro que tinha em mente o que vi o ano passado, numa noite em que se juntaram Pearl Jam e Linkin Park no mesmo palco... Imperdível! Pode ser que para o ano haja mais, com a organização deste ano, mas com um cartaz à altura do de 2007. Creio que o grande problema dos Festivais de Verão deste ano é o fraco cartaz que todos apresentam...
Hoje é dia de Oeiras Alive para o nosso Puro Veneno, vamos lá mais para ver Bob Dylan, mas não deixam de passar por lá Nouvelle Vague entre outros, incluindo os portugueses Buraka Som Sistema, dos quais confesso não ser fã, mas são portugueses e fazem algum sucesso lá fora, por isso merecem esta mensão.
Para abrir o apetite deixo-vos aqui Mr. Bob Dylan, numa ligeirissima antevisão do que podemos ouvir mais logo, pois tenho alguma experança que soem alguns acordes de sempre...