Se a reforma constitucional que Hugo Chávez pretende referendar já neste domingo, por acaso for aprovada, a Venezuela vai cometer o maior erro da sua história. Por outro lado, pode acontecer que esse erro já tenha sido cometido! Já todos estamos conscientes que Hugo Chávez é um sério erro, que já foi eleito e reeleito. Se lhes restar uma pinga de juízo a vitória do não será esmagadora, e não será possível aprovar uma revisão constitucional onde o Presidente da República Venezuela possa reeleito vezes sem conta, perpetuando-se no poder.
Chávez já fez saber aos mais fervosos defensores dos ideais democráticos, ou da aparência dos mesmos, que não vai admitir interferências com o referendo de domingo. Esta mensagem foi especialmente concebida para os espanhóis e para os americanos, tendo ainda acrescentando a promessa de cortar o abastecimento de petróleo a quem ouse "meter o nariz" onde não é chamado.
No panorama internacional, uma "jogada" destas sem resposta será uma grande demonstração de fraqueza da parte do ocidente, leia-se Estados Unidos da América e Europa, por outro lado, foi um movimento inquietante porque Bush meteu-se nas argoladas no médio oriente para tirar alguém proveitos da situação, mas com as costas quentes no que concerne a outros pontos alternativos de abastecimento dos interesses instalados, e que neste caso se resumem ao "ouro negro".
Tenho ainda um réstia de fé no desenlace deste episodio, com uma vingança tardia da democracia, por paragens Venezuelanas, mas cada vez vejo uma linha mais ténue entre democracia e tirania, no modelo de governação de Chávez , que vive das "caridadezinhas" em vez do fomento da indústria e do desenvolvimento, não apostando dotação e na capacidade de produção, mas alimentando-se da pobreza e dos regimes de clientela.
O povo pouco tem, e Chávez não dá uma cana para ensinar a pescar, põe simplesmente um "peixito" na mesa, que vai tapando o buraco no estômago, até ver...
De Fulano de CICRANO a 2 de Dezembro de 2007 às 04:52
Bem, segundo consta e salvo erro 50% da população do país vivia abaixo do limiar de pobreza antes de Chavez e que esta percentagem baixou para 35%, já mais perto dos 21 portugueses. Seja populista demagogo ou o que quiserem, eu votaria Chavez também. Aos bem instalados com o mal dos outros podem eles bem.
Acho graça aos contentinhos deste mundo bramando pela liberdade e democracia, transbordando de ética e moral gemendo de infelicidade se lhes morre o gatinho e achando «da natureza das coisas» toda a miséria do mundo. Porque não experimentam viver um mês com o ordenado mínimo assim só para terem um vislumbre «da natureza das coisas»
De Cicrano de Fulano a 2 de Dezembro de 2007 às 05:08
De barriga cheia não há quem não saiba botar soluções. Especialmente se não tiver que lhes tomar o gosto. Agora com esse aforismo chinês resolvem tudo. Com essa de dar a cana e não o peixe resolve-se tudo. Ai é? Então pegue em si e alimente a família com pescado seu durante uma semana e depois publique aqui os resultados. Puro veneno!
De Puro Veneno a 14 de Dezembro de 2007 às 13:38
No meu caso, como para comer tenho que trabalhar, e não ganho fortuna alguma...De longe, nem de perto... "Pesco" para a minha família sim senhor. Se bem que "pescar" no meu caso é trabalho, ou seja, pescar aqui está em sentido figurativo, e atenção que não digo que os Venezuelanos não trabalham, digo que quando se acabarem estas esmolas não saberão como fazer para viver só com o fruto do seu trabalho e certamente isso trará consequências.
Já agora aqui fica algo para pensa: "work is for man who don't know how to fish" - também sei citar ilustres, também os leio, com muito gosto!
De
Albino a 2 de Dezembro de 2007 às 12:42
Garantidamente, consideras-te um democrata. Então, porque tens tanto medo da democracia? Será que tens tecido os mesmos comentários (de perpetuação no poder) ao Mário de Almeida ou ao Fernando Ruas, só para citar dois dos "eternos" presidentes de câmara portugueses ?
Ganha Juízo!
De Tisca a 14 de Dezembro de 2007 às 13:28
Lamento informar, mas com fomo ninguém tem paciência para ouvir um discurso político. A estilo Chávez, na Europa resultava numa data de cadeiradas na cabeça do orador... Ao fim de umas horas chega a fomeca... E quanto há cana de pesca, aqui nesta bonita república portuguesa, tirando os filhos das famílias instaladas no poder, todos nós "pescamos" o pão nosso de cada dia, ou por acaso o caro amigo tem alguém que lhe leve uma "cesta2 de comida caso não ganhe para a comprar? Informe onde, que eu se não ganhar, passo fome.
É por causa destas e de outras que temos tanto Valentim Loureiro...
De Puro Veneno a 14 de Dezembro de 2007 às 13:30
Se calhar era a primeira vez que falava mal da Maria Emília neto de Sousa, ou do Alberto João Jardim e outros cromos afins...
Para tecer certos comentários é preciso conhecer o blog;)
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